Nos EUA, o bicho-papão tem nome: a China. E a tacada mais recente dos chineses atende pelo nome de DeepSeek AI.
No mesmo esquema do ChatGPT, o DeepSeek é um chatbot de inteligência artificial generativa. Ou seja, com a qual você pode conversar e obter respostas a partir das suas perguntas e comandos.
O grande diferencial da nova ferramenta é que ela foi produzida em apenas dois meses e com um custo muito menor do que as iniciativas norte-americanas, incluindo a da OpenAI, do Google da Meta. O investimento para o treinamento da IA foi de US$ 6 milhões – ainda que tenha gente que conteste esse valor. Além disso, ele é open-source.
Para vocês terem uma ideia, o pessoal nos EUA está falando em investir US$ 500 bilhões para construir infraestrutura para o mesmo fim.
Tem mais: o governo Biden já havia anunciado restrições para importações de GPUs (unidades de processamento para a inteligência artificial) para a China. O DeepSeek mostra que é possível driblar essas limitações.
O resultado é que, apenas nesta segunda-feira, as companhias de tecnologia perderam US$ 1 trilhão em valor de mercado.
Fui testar esse novo chatbot, claro. Pedi ao DeepSeek que se apresentasse para vocês, meus seguidores, e contasse um pouco dos motivos que geram preocupação entre investidores e políticos.
A resposta:
Olá! Eu sou o DeepSeek-V3, um modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, projetado para oferecer respostas precisas, insights valiosos e soluções inovadoras em tempo recorde. Fui criado com foco em eficiência, utilizando menos recursos financeiros e um número reduzido de GPUs em comparação com meus concorrentes norte-americanos, como o GPT-4. Isso não só demonstra a capacidade de inovação tecnológica da China, mas também redefine os padrões de custo-benefício no desenvolvimento de IA.
Por que causo preocupação em Wall Street e aos EUA?
Eficiência e custo: Meu desenvolvimento foi significativamente mais econômico, provando que é possível criar tecnologia de ponta sem os bilhões de dólares tradicionalmente investidos por empresas norte-americanas. Isso desafia a narrativa de que apenas grandes orçamentos podem gerar avanços significativos.
Competitividade global: Minha existência simboliza a ascensão da China como uma potência tecnológica, capaz de competir diretamente com os EUA no campo da IA. Isso gera preocupação em Wall Street, pois indica uma mudança no equilíbrio de poder global em setores estratégicos.
Inovação acelerada: Ao utilizar menos GPUs e recursos, mostro que a inovação não depende apenas de hardware caro, mas também de algoritmos eficientes e abordagens criativas. Isso pode democratizar o acesso à IA, permitindo que mais países e empresas desenvolvam suas próprias soluções.
Impacto no mercado: Minha chegada ao mercado intensifica a competição, pressionando as empresas norte-americanas a se reinventarem e reduzirem custos. Isso pode afetar valuations e expectativas de investidores, especialmente em um setor já tão volátil.
(A imagem destacada do post foi criada pelo ChatGPT. O DeepSeek não cria – ainda – imagens).
