Chegamos na “Superbowlização” da final da Copa do Mundo. Gianni Infantino, presidente da FIFA, anunciou nesta quarta de cinzas (5) que a derradeira partida do próximo mundial terá um show do intervalo, nos moldes da NFL. Chris Martin e Phil Harvey, do Coldplay, ajudarão a escolher a atração.
Será a primeira vez que algo assim acontece. Já houve apresentações antes da final, mas nunca durante a partida. Com isso, a Copa do Mundo se afasta do formato mais tradicional dos Jogos Olímpicos e se aproxima da liga de futebol americano. Não por acaso, o próximo torneio será na América do Norte, com a final em Nova Jersey.
A FIFA claramente observa o crescimento do Super Bowl como evento de entretenimento e busca atrair um público que vai além do esporte. Falei mais sobre esse tema recentemente na coluna Na Sua Tela, que assino no UOL.
Há, claro, uma questão aí: a apresentação musical provavelmente atrasará o início do segundo tempo e terá algum impacto no gramado, o que pode interferir na qualidade do jogo dentro de algo que já é um sucesso do jeito que está.
Para comparação, a última final da Copa do Mundo – entre Argentina e França – teve uma audiência global média de 571 milhões de pessoas, sendo que 1.4 bilhão assistiu a ao menos um minuto do jogo. Já o mais recente Super Bowl teve um público médio de 186 milhões de pessoas em todo o mundo.